domingo, 9 de março de 2014

Nós vamos!

No ano passado passamos o feriado de carnaval sozinhos, em casa, gripados e entediados.
Este ano não me importei com o dinheiro que talvez faltasse no mês, pois cada momento que passamos na estrada, ou simplesmente longe de nosso dia-a-dia maçante, faz de nós um pouco mais vivos e felizes.

Fomos para Florianópolis, minha segunda casa de coração (que um dia quem sabe será nosso chão!), aconselhados por meu pai, viajamos no finalzinho da madrugada e desta vez um companheiro inusitado foi junto, o nosso filho Billie, morri de pena da carinha triste que ele me faz toda vez que viajamos, arrumamos as coisas e pé na estrada!


Nós dois andamos muito desanimados e estressados ultimamente, sabe aquela sensação de estar vivendo de acordo com o "sistema"? Quando nos sentimos como marionetes, as quais fazem tudo o que a sociedade nos manda, como trabalhar que nem loucos em coisas que não nos satisfazem, estudar alguma coisa para ser alguém, comprar, comprar, possuir cada vez mais coisas e fazer a roda-gigante do capitalismo ser para sempre alimentada. As vezes, muitas vezes, nos comportamos desta forma sem ao menos perceber, ou já estamos conformados e acomodados o bastante para fazer algo a respeito.

Viajar é sair um pouco da vida real, mas infelizmente quando voltamos as coisas parecem continuar iguais e as vezes até piores. É complicado quando contamos as horas para o fim do dia, para a sexta, para um feriado ou para a chegada das férias para que possamos fazer algo que nos deixe felizes ou quando não temos nem vontade de fazer outra coisa que não seja descansar da maratona diária.


Pista da Trindade em Florianópolis

Estar em um lugar e pensar "nossa como eu queria morar aqui!" e quando voltar ficar remoendo aquilo no peito me diz uma coisa, alguma coisa tá errada e eu preciso mudar, pois querendo ou não, beirando meus 21 anos, o tempo não vai começar a voltar e eu sinto que posso fazer muito mais do que faço no momento, minha capacidade criativa está se esvaindo em meio a um cotidiano predatório e cabe a nós nos libertarmos das amarras e medos e darmos um basta!



Eu quero mais momentos empolgantes e felizes, mas não no próximo feriado que sobrar algum dinheiro, não nas próximas férias, eu quero ser feliz já, sem hora marcada, sem contagem regressiva, sem ter que pensar na segunda-feira esmagadora. Nós somos senhores de nossos destinos e me desculpe sociedade, me desculpe amigos, me desculpe família, mas eu tenho o poder de mudar o rumo de minha vida e caso você esteja conformada e feliz em como vive, beleza, respeito, mas peço também que respeitem meu modo de ver e querer levar a vida.


Loucos são aqueles que entregam suas vidas a outros, deixe que eu cuide da minha.
Deixe que eu corra risco na estrada, que eu caia e machuque o joelho, deixe que talvez eu quebre a cara, mas não deixe que eu morra de tédio, não me proteja da vida, não me deixe aqui trancada, me liberte, deixe que minha loucura seja livre e criativa.

Mais dias assim, mais lugares para conhecer, mais sorrisos para arrancar, mais amor e mais vida - por favor!


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